A prisão l do time Rubro-verde Durante a excursão internacional que acabou na conquista da primeira Fita Azul, em 1951

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A prisão do time Rubro-verde Durante a excursão internacional que acabou na conquista da primeira Fita Azul, em 1951

Durante a excursão internacional que acabou na conquista da primeira Fita Azul, em 1951, um fato inusitado aconteceu com a delegação do time da Portuguesa.

Antes de embarcar para a Turquia, país onde começaria os primeiros jogos daquela excursão, os jogadores faziam compras no aeroporto de Portela, em Lisboa.

Enquanto parte dos atletas adquiriu apetrechos e lembrancinhas, o meia-direita Renato trocou alguns cruzeiros, moeda brasileira da época, por dólares para serem gastos em Roma, local em que o voo faria uma escala.

Já no aeroporto da Itália, Renato comprou uma caixa de música e pagou com a moeda americana que acabara de trocar em Portugal. Mal deixou a loja e foi abordado por policiais, que o prenderam por porte de dinheiro falsificado.

"Depois de muita discussão, pedidos de desculpas e explicações, o craque e a delegação acabaram sendo liberados e seguiram viagem para Istambul, onde iniciaram a campanha histórica da conquista da Fita Azul", descreve a revista comemorativa de 75 anos da Portuguesa de Desportos.

Quando voltaram para Lisboa, depois de vencerem o Fenerbach e o Galatassaray, a polícia de Portugal, já ciente do ocorrido nas terras italianas, invadiu o hotel onde estava hospedada a equipe do Canindé.

Renato, Rubens e Djalma Santos, os dois últimos por terem pego parte do dinheiro falsificado emprestado com o próprio Renato, foram parar na delegacia.

Justificativas e argumentos não aceitos, seguidos de muitos tumultos, não foram suficientes para evitar aquele transtorno.

A poeira só baixou depois de a Embaixada Brasileira entrar no caso. O órgão governamental sugeriu que os jogadores lusos assinassem um documento em que garantiam que os dólares falsos não foram trocados em Lisboa.

Acordo feito. Finalmente o time voltou ao Brasil para celebrar a conquista.

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